14 de maio de 2015

Diz-me o que comes e digo o que serás

Uma grande parte da minha vida convivi com vegetarianos, apreciadores de comida vegetariana, pseudo-vegetarianos, curiosos e, no meio disto tudo, havia eu. Nunca disse nunca. Cheguei mesmo a experimentar alguns pratos macrobioticos na cantina "velha" da universidade de Lisboa. Tentei, mas a verdade é que não fiquei convencida. Intrigava-me como poderia alguém viver a comer palha (digo verdura)- esta era a minha ideia de ser-se vegetariano. E não tocar em carnes então era a gota de água. Refeição sem carne para mim era o mesmo que ir à praia e não ir à água (coisa que até já me tem acontecido devido ao estado acabado de sair do frigorífico da água por estas bandas da Europa). Carne era algo que não conseguia dispensar das minhas refeição. No entanto, desde que aconteceu esta minha segunda imigração começo a repensar este assunto. Tenho diminuido muito o número de refeições com carne (arrisco mesmo a dizer que só continuo a comer carne graças ao esposo que é um autêntico carnívoro). Não sei se é impressão minha ou mania das perseguições mas as carnes estão cada vez mais deslavadas. Tãaaaao sem sabor. Tãaaaaoo desgostosas, que chegam a enjoar. 

Não me quero impôr o vegetarismo nem ser radical. Quero ter uma vida saudável. Uma pele bonita. Cabelos viçosos.  E estou convencida que a alimentação joga aí um grande papel. O que comemos diz mais do que podemos imaginar daquilo que somos e seremos, no futuro. Estou convencida disso. Lembro-me dos meus avós e mesmo os meus pais contarem que em Cabo Verde, no tempo deles, não punham nem carne nem peixe na cachupa. A carne era um luxo e não havia dinheiro para luxos. São pessoas dessa geração que têm a melhor pele, a melhor saúde, os cabelos mais saudáveis e mais longividade. Acredito que seja graças à alimentação essencialmente à base de vegetais que eles duram tanto e vivem com muito mais saúde. Também, os tempos são outros, não é verdade? Nesse tempo, mesmo que comessem carne era menos grave que nos nossos tempos. Onde quase tudo o que comemos sai de laboratórios antes de passar pela terra até chegar aos nossos frigoríficos. 
Não sou contra comer carne, que até gosto, como já disse. O meu problema é mesmo a falta de confiança. E, por via das dúvidas, não comer (ou comer menos) parece-me ser a melhor opção.

Atenção, ainda como carne. Não estou cem por cento convertida a comedora de palha. Ainda como carne branca (quase exclusivamente) e mais legumes que o (meu) normal.

Posto isto, devo dizer que já estive mais longe de mudar para o lado dos herbívaros. Não aguento mais esta sensação de ter comido algo estragado depois das refeições. 
Deliciem-se com estas belas inspirações para as vossas refeições!

Peito de frango com frutas e cogumelos, encontrei Aqui
Fajitas vegetarianas, encontrei Aqui



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