A vida é feita de venturas e desventuras, encontros e desencontros. E há descobertas que nos preenchem a alma e que soam àquilo que podemos chamar de missão. Pelo menos é a impressão que tenho tido desde que descobri a mediação. Há dois anos. A descoberta tem sido muito feliz e tenho cada vez mais vontade de conhecer mais e de contar a toda a gente os benefícios desta ferramenta de vida.
O que é a mediação? Antes de mais, explico que é mediAção e não mediTAção, como muitos confundem.
A mediação tem como principal característica o facto de ser um facilitador de comunicação. Recorre-se à mediação essencialmente em casos de conflito, onde o diálogo é um instrumento crucial para a resolução do problema. No entanto, como sabemos, durante uma situação de conflito não é fácil para as partes envolvidas ultrapassar as suas diferenças e dar o primeiro passo em direcção ao diálogo. Na verdade, o dialogo é, nestas situações e na maior parte dos casos, a última coisa em que se pensa.
O que é a mediação? Antes de mais, explico que é mediAção e não mediTAção, como muitos confundem.
A mediação tem como principal característica o facto de ser um facilitador de comunicação. Recorre-se à mediação essencialmente em casos de conflito, onde o diálogo é um instrumento crucial para a resolução do problema. No entanto, como sabemos, durante uma situação de conflito não é fácil para as partes envolvidas ultrapassar as suas diferenças e dar o primeiro passo em direcção ao diálogo. Na verdade, o dialogo é, nestas situações e na maior parte dos casos, a última coisa em que se pensa.
Durante a mediação o mediador tem a responsabilidade de criar condições para que o diálogo tenha lugar. No entanto, esse processo deve ser voluntário. Isto é, a mediação só acontece se as duas partes estiverem de acordo em avançar com o processo. Alguém terá de dar o primeiro passo e pedir apoio ao especialista. Que posteriormente irá dar inicio ao processo começando por informar a outra parte da intenção manifestada de resolver o problema através da mediação. Vamos ver mais à frente que o factor voluntário (para mim) não é tão linear quanto isso. uma vez que existem mediações propostas (ou impostas emocionalmente) judicialmente. Porém, o carácter voluntário da mediação mantém-se e vou explicar num outro post como pode ser possível esta aparente ambiguidade.
O mediador dispõe de ferramentas que o permitem ajudar as pessoas a encontrar elas mesmas a solução para as suas diferenças. As duas ferramentas são a reformulação e o questionamento - talvez existam mais, ainda não sei :). É claro para todos que numa situação de ira, stress ou raiva somos incapazes de ouvir aquilo que nós próprios dizemos. Sermos receptivos àquilo que o outro tem a dizer sem julgar ou formar ideias pré-concebidas é quase impossível. É neste ponto que a reformulação entra e começa a desfazer o novelo. É incrível como é diferente ouvir de outras pessoas aquilo que nós próprios dizemos. Se por um lado permite-nos explicar de melhor forma o nosso ponto de vista, por outro, a reformulação ajuda na conscientização do nosso verdadeiro ponto de vista. O que por vezes nos parece certo no final já não será tanto.
Quanto ao questionamento, ele é uma ferramenta tão importante quanto a reformulação. A meu ver os dois se complementam na medida em que uma pergunta pertinente e bem colocada fará com que as partes sejam levadas a fazer uma leitura, talvez, diferente daquela que têm feito até esse momento. Levará a que haja uma reflexão sobre determinado ponto e por conseguinte a parte em questão, ou mesmo as duas partes, serão "obrigadas" a se questionarem sobre verdades que consideravam até este ponto inquestionáveis.
Estas ferramentas e a descoberta da própria mediação em si tem-me ajudado muito nas minhas vivências do dia-a-dia. Não reajo nem vejo as coisas da mesma forma.
A mediação familiar é aquela que mais me interpela. É incrível como em casos de divórcios os adultos (uma das partes ou por vezes mesmos as duas) só se vêem a eles próprios e acham que lutam pelos interesses da criança. Neste caso, dependendo do grau da "cegueira" provocada pelo conflito, as ferramentas acima descritas podem apresentar frutos mais ou menos rápido.
Espero nunca passar por isso, mas em caso de divorcio espero conseguir manter a cabeça no sítio e optar pela medição. Pois além de ajudar a resolver conflitos a medição também ajuda a preveni-los. Volto depois com mais coisas que tenho descoberto sobre esta maravilha que é a mediação. E o nosso mundo tem precisado tanto, não é?
A mediação familiar é aquela que mais me interpela. É incrível como em casos de divórcios os adultos (uma das partes ou por vezes mesmos as duas) só se vêem a eles próprios e acham que lutam pelos interesses da criança. Neste caso, dependendo do grau da "cegueira" provocada pelo conflito, as ferramentas acima descritas podem apresentar frutos mais ou menos rápido.
Espero nunca passar por isso, mas em caso de divorcio espero conseguir manter a cabeça no sítio e optar pela medição. Pois além de ajudar a resolver conflitos a medição também ajuda a preveni-los. Volto depois com mais coisas que tenho descoberto sobre esta maravilha que é a mediação. E o nosso mundo tem precisado tanto, não é?